A Final do XII Concurso Jovens Criadores Exponoivos realizou-se no dia 9 de Janeiro (sábado) no Centro de Congressos de Lisboa – onde o Júri atribui o 1º, 2º e 3º Prémios a Alunos da Escola de Moda de Lisboa. Os Finalistas apresentaram em Desfile peças inspiradas em “Angola - Terra Mãe”:
1º Prémio – Projeto “Tchokwe”de Tânia Marques
2º Prémio – Projeto “Connection with beads” de Sara Magalhães
3º Prémio – Projeto “Otjimba Dress”de Rita Nunes
Finalista – Projeto “Sobrenatural” de Juliene Quaglio
Finalista – Projeto “Alianças de Angola”ed Gabriel Daros e Rute Silva
O tema proposto pelo concurso sugeria a relação histórica entre Portugal e Angola como fonte de inspiração, o que se refletiu nas criações dos jovens designers.
1º Prémio – Projeto “Tchokwe”por Tânia Marques
«Esculpido segundo as formas da famosa escultura angolana O Pensador de Tchokwe, o vestido simétrico de saia longa, é abraçado por duas tiras de malha 100% natural na cintura, imitando as formas das máscaras tribais Pwo. O corpete com aplicações de inspiração africana é delineado com tiras e pontos de ráfia trabalhados manualmente. A capa reversível pode ser usada pelos ombros ou à cintura, representando o conceito da Angola mãe: que é terra, que dá vida, que protege e envolve.»
2º Prémio – Projeto “Connection with beads” de Sara Magalhães
«A lenda de Kianda da praia do Bispo em Angola, revista num vestido de noiva de tons cálidos das terras de África. Dança de missangas, colocadas na parte superior do vestido, enfeitam o corpo do vestido que se expande numa saia rodada de crepe e tule, num bailado de união entre o continente Africano e o continente Europeu.»
3º Prémio – Projeto “Otjimba Dress”de Rita Nunes
«As Mulheres de Vermelho do povo Himba utilizam otjize na procura do seu ideal de beleza. Mulheres determinadas que andam quilómetros, para chegar às cidades com o peso da areia do deserto às costas. Fato de noiva de seda selvagem, onde o vermelho otjize é representado em todo o vestido na saia ampla, na transparência do corpo em musseline e o amarelo das areias do deserto, representado na cauda, num ritmo de feminilidade e sensualidade que ecoa de Angola.»
Finalista – Projeto “Sobrenatural” de Juliene Quaglio
«As Pedras Negras de Pungo Andongo, Património Natural de Angola, fortaleza da rainha Ginga, inspiraram este Vestido, assimétrico, simbolizando o povo português e o povo angolano, suas igualdades e diferenças, evidenciando um decote ornamentado com missangas, simbolizando o continente Africano e o coração em África. O véu em forma de arco, transporta-nos para o arco-íris permanente das quedas de água de Kalandula, convidando-nos para um cortejo nupcial em paisagens sobrenaturais.»
Finalista – Projeto “Alianças de Angola”de Gabriel Daros e Rute Silva
«Do Povo Ibinda, passando pelo Bakongo, não esquecendo os Besangana, os Kimbundu, aos Vangagela, o vestido assimétrico em Crepe e Organdi, com sobreposição simboliza as inúmeras sendas destes povos e de Angola. Homenageia a mulher Angolana, mulher-mãe, mulher-guerreira, mulher de vastos caminhos de ontem e de hoje, traçando ao peito a aliança das futuras gerações.»
Fotografias de Sandro Tomé e Joana Mendes (3º I - Curso Técnico de Fotografia)
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